A pandemia da Covid-19 fez com que muitas pessoas tivessem as rotinas alteradas. Tudo parecia estar normal até março do ano passado. No dia 16, no entanto, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) anunciou a suspensão das aulas presenciais, o que fez com que muitos estudantes, que não tinham a necessidade de permanecer em Santa Cruz, retornassem à casa dos pais.
A realidade, porém, não afetou o mercado imobiliário de aluguéis, segundo o presidente da Sociedade das Empresas Imobiliárias de Santa Cruz do Sul (Seisc), Flávio Bender, que confirmou que, apesar da Capital da Oktoberfest ser uma cidade universitária, muitos estudantes fixaram residência no município. “O mercado de aluguéis residenciais certamente não apresentou crescimento. Ele se mostrou estável. Realidade diferente do mercado de aluguéis comerciais, por exemplo, no qual tivemos queda”, explica.
De acordo com o presidente da entidade, o que se viu foi um movimento de retomada do mercado de aluguéis, devido à mudança de regras do Programa Minha Casa Minha Vida. “Quando o Programa foi lançado, muita gente preferiu comprar do que alugar, porque realmente valia muito a pena. As regras previam financiamentos de até 100%. Depois houve uma mudança de regras e o mercado de aluguéis residenciais voltou a reaquecer”, explica.
Segundo Bender, mesmo com a não realização de aulas presenciais na Unisc, o movimento se manteve. ”Percebemos que o público tem se concentrado não só nos arredores da Universidade, mas também em outros locais, como o Centro, por exemplo. Isso porque, se fizermos uma pesquisa com os clientes, perceberemos que os estudantes não só vem a Santa Cruz para estudar, como também mantêm empregos aqui. Sendo assim, mantêm os aluguéis ativos. Este mesmo movimento percebemos nos cursos da saúde, por exemplo. Os estudantes buscam mais o Centro, pois já na metade do curso atuam também na Clínica Escola”, afirma.
