A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza já tem data: inicia em 12 de abril e deve se estender até 9 de julho. Enquanto isso, na região, clínicas da rede privada já estão disponibilizando o imunizante que protege contra o vírus da gripe. Neste ano, em especial, com o andamento da vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde orienta para alguns cuidados diferentes em relação às campanhas anteriores.
Uma das responsáveis pelo Setor de Imunizações da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS) Marlene Webber Andriolo adianta que a imunização vai se dar de forma escalonada. Os grupos prioritários serão distribuídos em etapas, de modo que não coincidam com os grupos que estarão sendo vacinados contra a Covid-19. De acordo com informe técnico do Ministério, a imunização contra a Influenza vai começar por crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde. Depois será a vez de idosos e professores. “Essa é a informação que temos, mas ainda pode haver mudanças. Caso ocorra, os municípios e a população serão informados”, acrescenta Marlene.
Mesmo que as duas campanhas de vacinação ocorram em paralelo, o Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das duas vacinas simultaneamente. A orientação é priorizar a aplicação do imunizante contra a Covid-19, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas, já que ainda não há estudos que avaliem a ação simultânea dos dois imunizantes.
Como em toda campanha de vacinação, Marlene explica que a 13ª CRS vai se reunir nas próximas semanas com os municípios para repassar orientações técnicas. Neste ano, salienta que o desafio será organizar estratégias de imunização que não gerem aglomerações, nem mesmo haja confusão por parte da população que irá às unidades em busca do imunizante. “A organização vai ser imprescindível, pois vai chegar o momento em que os públicos-alvo de ambas as campanhas [da Influenza e da Covid-19] vão coincidir. Eles terão que estar atentos ao intervalo necessário entre uma vacina e outra. Além disso, podem ser pensados locais distintos para a aplicação de ambos os imunizantes para que a população não se confunda e entre na fila errada da vacina, por exemplo”, alerta.
Não há dúvidas de que a realização de duas campanhas de vacinação vai exigir maior organização dos municípios. Por outro lado, frisa Marlene, a imunização contra a gripe poderá desafogar a demanda de atendimentos por infecção respiratória em hospitais e unidades de saúde – ponto imprescindível em tempos de pandemia. Sem contar que o indivíduo vacinado contra a Influenza terá menos chances de confundir sintomas da Covid-19 com os da gripe.