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Proprietários de 25 escolas privadas de Educação Infantil pedem a reabertura durante manifestação


Publicado 24/03/2021 11:18
Atualizado 24/03/2021 11:43

Geral   CRECHES

Vestidos de preto e de forma silenciosa, proprietários de escolas privadas de Educação Infantil de Santa Cruz do Sul protestaram na manhã desta quarta-feira (24) em frente à Prefeitura. Na manifestação, o pedido para que a lei sancionada pelo governador Eduardo Leite - que reconhece a educação infantil como essencial - seja cumprida o quanto antes. Das 9h às 10h, empresários de 25 instituições do município ficaram posicionados na praça da Bandeira e depois realizaram uma caminhada até a escadaria do Palacinho, onde bateram palmas.

Segundo uma das manifestantes, Andrenise Marciela Schaefer, o pedido ao município é por apoio. "Durante essa semana, várias entidades ligadas à Educação Infantil farão protestos e manifestações para exigir que essa nova lei aprovada ontem pelo governador, tornando a escola infantil um serviço essencial, seja cumprida. Hoje, pedimos apoio à Prefeitura, no sentido de entrar com uma ação contra essa liminar que foi concedida contra abertura de escolas infantis e 1º e 2º ano do fundamental. Pelo modelo de cogestão, estamos autorizados a funcionar inclusive em bandeira preta. O objetivo é pedir que a prefeita, assim como fez com o comércio, faça a nosso favor também", explicou.

Nas 25 instituições privadas estão envolvidos 282 profissionais e 1.269 alunos em Santa Cruz do Sul. "Também somos empresa. São 1.269 famílias que precisam ter onde deixar seus filhos. Acompanhamos diariamente o aumento do número de lugares clandestinos que cuidam das crianças sem protocolos, em vários estados do Brasil. Nós, que pagamos impostos e cumprimos todos os protocolos, não podemos trabalhar. Desde que retornamos em agosto, foram seis meses com todos os protocolos, sem casos de Covid-19 nem em profissionais e nem em crianças. A ciência já comprovou que as crianças que são as menos afetadas pelo vírus, mas as mais afetadas socialmente, pois elas precisam ter o direito de brincar e conviver", destacou.

Conforme ela, o grupo acredita que é preciso, o quanto antes, retomar as atividades da educação infantil, categoria que não ocorre de forma positiva no formato remoto. "Eles precisam de carinho e necessitam estar com outras crianças. Não tem como colocar uma tela na frente deles. Precisam de vivência, exploração de materiais. Educação Infantil é presencial", disse. Além disso, Andrenise comentou que, além de garantir a qualidade da educação, o retorno possibilitará a saúde financeira das instituições, muitas à beira da falência. 

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Foto: Divulgação
Protesto realizado na manhã desta quarta-feira
Protesto realizado na manhã desta quarta-feira