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Prefeitos decidem não encaminhar recurso para bandeira preta


Publicado 20/02/2021 20:33
Atualizado 21/02/2021 22:56

Geral   DECISÃO

Reunidos virtualmente na noite deste sábado (20) os prefeitos de cidades do Vale do Rio Pardo decidiram pelo não encaminhamento de recurso. O prazo para tal envio se estendia até às 10h30min deste domingo (21). Os mandatários dos municípios optaram, no entanto, pelo plano de cogestão, envio que deve ocorrer após atualização documental.

O prefeito de Vale do Sol e presidente da Amvarp, Maiquel Silva, ressaltou a importância da união dos prefeitos neste momento. "A bandeira preta é um choque de realidade. O momento é muito crítico sim. Por isso optamos por não recorrer, mas também defendemos a manutenção da cogestão. Senão, iríamos da laranja direto para a preta, fechando o comércio e muitos serviços que de forma responsável cumprem os protocolos e não podem ser penalizados", comentou.

A entidade, junto com a sua equipe técnica, irá protocolar nos próximos dias a atualização do plano de cogestão regional, incluindo os protocolos e restrições da bandeira vermelha, o que não está previsto no documento em vigor.

Se o pedido da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) for aceito, a região que antes seguia os protocolos de bandeira laranja, agora passa a ter protocolos de bandeira vermelha. Entre as principais mudanças a restrição de alguns serviços, principalmente quanto à lotação de espaços e a modalidade que o trabalho é feito.

O governador Eduardo Leite fará uma reunião nesta semana com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para tratar sobre a cogestão. O modelo pode ou não ser mantido.

Moção em defesa do comércio

Os prefeitos aprovaram ainda o envio ao governador Eduardo Leite de uma moção de apoio ao comércio e aos prestadores de serviço. A sugestão partiu da prefeita de Santa Cruz do Sul e presidente do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), Helena Hermany. A proposta dos prefeitos pede que principalmente as duas classes não sejam prejudicados em caso de bandeira preta, já que a cor prevê praticamente o fechamento do comércio.

A medida foi aprovada por todos os prefeitos. "Os pequenos empresários e os trabalhadores que movimentam a nossa economia estão abertos de forma responsável e cumprindo os protocolos. Em caso de bandeira preta, deve haver uma flexibilização das restrições, permitindo a abertura do comércio com limitações, assim como ocorre na indústria e construção civil", afirmou Helena.

A prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, concorda que a região está passando por um dos piores momentos da pandemia, mas acredita que as atividades econômicas, na sua maioria, seguem os protocolos. "O comércio não é o responsável pelo aumento do contágio. O governo do Estado deveria ter adotado medidas mais restritivas antes do feriado do Carnaval, evitando as aglomerações que vimos nas praias", relatou.

Encaminhamentos aprovados por unanimidade

Em sua fala na assembleia, o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, defendeu a decisão de não recorrer e foi favorável ao encaminhamento da atualização do plano de cogestão. "Ainda não caiu a ficha para a população de que a situação é crítica. A nova onda está só no começo, concordo com o toque de recolher do governo do Estado e o fechamento das escolas. Mas a cogestão tem a finalidade de ajudar o comerciante, as empresas. Estamos também aumentando a fiscalização em nossa cidade", frisou.

Os prefeitos de Candelária, Nestor Ellwanger, de Rio Pardo, Edivilson Brum, e de Vera Cruz, Gilson Becker, também se manifestaram favoráveis pelos encaminhamentos da assembleia da Amvarp.


Foto: Divulgação/Amvarp
Mandatários irão atualizar o plano de cogestão para o enquadramento nas regras da bandeira vermelha
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