Sobremesas, doces, tortas, sucos, in natura. Em praticamente todas as delícias, o morango é figurinha carimbada. E às vésperas do Natal, a procura pela fruta vermelha e saborosa cresce. É ingrediente quase que indispensável na ceia natalina ao lado de tantas outras.
Em Vale do Sol, desde novembro, o produtor Daniel Homercher tem observado o aumento pela procura do produto. De porta em porta, ele destina as bandejas recheadas de morangos. “As vendas dobram nessa época do ano. As pessoas querem garantir que às suas mesas esteja uma fruta muito saborosa e deliciosa”, destaca.
Daniel e a esposa, Ivone, moram em Faxinal de Dentro e lá, se encarregam de uma estufa com três mil pés de moranguinhos, há quatro anos. São duas variedades: o San Andreas e o Albion. A colheita ocorre a cada dois dias para garantir o amadurecimento da fruta. “Não usamos agrotóxicos, por isso, quem experimenta sente o sabor real do morango”, frisa Daniel.
As delícias também viajam para Candelária e Santa Cruz do Sul. “Têm dias que não conseguimos vencer a demanda. A procura é muito alta”, diz Ivone. Ela é a responsável pela manutenção da estufa durante o dia. Daniel, que trabalha fora da cidade, se encarrega pelas encomendas à noite. “Mesmo cansado, vou de casa em casa vender. A minha maior satisfação é receber os elogios de quem compra. Nessas horas o cansaço vai embora”, ressalta, contente.
Uma das clientes de Daniel e Ivone é a confeiteira Daniela Oliveira, também de Faxinal de Dentro. Parceira do casal desde o início, com a fruta, ela faz diversas delícias. Para Daniela, o morango é a verdadeira cereja do bolo. Durantes as celebrações de fim de ano, ela põe a mão na massa e produz inúmeras tortas. Para o dia 25 de dezembro e o Ano Novo, mais de 25 já estão encomendadas. “A grande maioria pede morangos morenos”, diz.
A parceria entre o produtor e Daniela evidencia um ciclo. “Eu confio de olho fechado no produto que o Daniel vende. Eu invisto em qualidade para garantir mais sabor. Ao provar, os meus clientes ficam loucos. ‘É maravilhoso’, dizem eles”, conta a confeiteira. “Por isso, pensamos em investir em mais uma estufa. É satisfatório saber que terceiros aprovaram uma fruta que produzo na minha casa”, frisa Daniel, orgulhoso.