compartilhe >>

Homem é espancado e morto em supermercado de Porto Alegre


Publicado 20/11/2020 08:37
Atualizado 20/11/2020 09:31

Polícia   ASSASSINATO

Um homem negro morreu após ter sido espancado na porta de uma loja do supermercado Carrefour, na zona norte de Porto Alegre. O caso aconteceu na noite desta quinta-feira (19) após uma funcionária do estabelecimento relatar ter sido ofendida pela vítima.

Segundo informações da Brigada Militar, ao se retirar do local, ele foi perseguido pelos seguranças, que começaram as agressões com socos e chutes. Conforme o registro policial ifoi utilizada força demasiada acarretando na morte do homem, identificado como João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos. Os dois seguranças foram presos em flagrante e vão responder por homicídio. Um deles seria policial militar temporário, mas não estavam trabalhando com PM no momento do crime.

A Polícia Civil investiga o caso e já teve acesso a vídeos que mostram a brutalidade das agressões.

Em nota o Carrefour se manifestou e lamentou o que considera um crime e disse que irá romper o contrato com a empresa de vigilância do local e que o funcionário que estava no comando da loja no momento das agressões será demitido.

"Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário. O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente", diz a nota. 

Quem também se manifestou em nota foi a Brigada Militar

"Imediatamente após ter sido acionada para atendimento de ocorrência em supermercado da Capital, a Brigada Militar foi ao local e prendeu todos os envolvidos, inclusive o PM temporário, cuja conduta fora do horário de trabalho será avaliada com todos os rigores da lei.

Cabe destacar ainda que o PM Temporário não estava em serviço policial, uma vez que suas atribuições são restritas, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento, e, ainda, mediante convênio ou instrumento congênere, guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos. 

A Brigada Militar, como instituição dedicada à proteção e à segurança de toda a sociedade, reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos e garantias fundamentais, e seu total repúdio a quaisquer atos de violência, discriminação e racismo, intoleráveis e incompatíveis com a doutrina, missão e valores que a Instituição pratica e exige de seus profissionais em tempo integral."


Foto: Reprodução
Vídeos confirmam as agressões
Vídeos confirmam as agressões