compartilhe >>

Risco de incêndio alerta produtor


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 13/11/2020 21:34
Atualizado 13/11/2020 21:36

Geral   CUIDADOS

A secagem do fumo é uma das etapas mais importantes no processo de produção do tabaco. No entanto, essa prática pode causar dor de cabeça e prejuízos para os produtores que não se atentarem aos riscos que envolvem essa atividade.

Conforme, o 2º Sargento do Corpo de Bombeiros Misto de Vera Cruz, Eder Porto Ferreira, os incêndios podem ocorrer em qualquer circunstância que envolva uma relação entre calor, combustível e oxigênio. Inicialmente, o produtor deve atentar para o monitoramento do calor e do oxigênio. Quanto maior for a existência desses dois elementos, maiores serão as chances de o incêndio acontecer. Com o tabaco, isso ocorre, principalmente, porque a folha do fumo, que é o material combustível, está muito seca, o que eleva ainda mais o risco de ocorrer uma combustão. “A maioria dos incêndios em estufas tem o seu início quando o fumo que está bem seco e o local quente, recebem uma abundância de oxigênio – é o que chamamos de condição ideal para o incêndio. Ou seja, há de se ter muito cuidado ao abrir a estufa quando o fumo já estiver bem seco”, afirma o sargento. 

Outra circunstância que favorece potencialmente a ocorrência de incêndios nas estufas é a falta de manutenção na tubulação de calor, que pode estar furada,  proporcionando um aumento exponencial de temperatura interna da estufa. Portanto, é preciso ser feito uma manutenção preventiva periódica na tubulação. 

Ainda, um potencial fator para a ocorrência de incêndios nas estufas pode estar relacionado com a quantidade de lenha que é colocada nas fornalhas. Quanto mais lenha (combustível) é utilizada, maior será a temperatura dentro da estufa, e, consequentemente, mais rápido o processo de cura será realizado. No entanto, essa prática não é recomendada, pois o excesso de calor pode facilmente causar um incêndio.

PREVENÇÃO

Os cuidados para evitar que os incêndios ocorram devem fazer parte da cartilha de todo o produtor de tabaco. Em minutos, o fogo pode consumir as estufas e causar prejuízos econômicos e estruturais para os agricultores.

Segundo Ferreira, algumas dicas são importantes caso um princípio de incêndio iniciar. “Talvez a maior dica seja: caso for constatada a possibilidade de estar pegando fogo no fumo, não abra a estufa. Feche todas as aberturas possíveis. Uma vez aberta, mais oxigênio entrará e maior será esse fogo, que irá fugir do controle e se tornar um incêndio”, orienta. 

Ferreira ainda afirma que  a guarnição  já atendeu ocorrências em que o produtor percebeu que estava iniciando o fogo, fechou a estufa e por si só o fogo se apagou, o que reforça a ideia de que quando se iniciar qualquer princípio, foco de incêndio, sejam fechados os suspiros, janelas e portas da estufa.

OCORRÊNCIAS

O Corpo de Bombeiros Misto de Vera Cruz atende aos municípios de Vera Cruz e Vale do Sol. Em 2019, foram registrados 25 casos de estufas queimadas pela guarnição. As localidades que mais registraram casos foram do interior de Vera Cruz. Com seis registros, a localidade de Linha Ferraz apresentou o maior número de atendimentos, e em seguida aparece Linha Tapera, com três atendimentos registrados.

Nesse ano, já foram registrados quatro atendimentos, tendo dois ocorrido em Linha Ferraz e outros dois em Vale do Sol, nas localidades de Linha Emília e Linha Rio Pardense. Em caso de ocorrência de incêndio, é possível contatar os bombeiros pelo número 193 ou 3718 1906.

.


Foto: Divulgação
Em Linha Ferraz, bombeiros foram acionados para controlar incêndio
Em Linha Ferraz, bombeiros foram acionados para controlar incêndio