Foi nesta terça-feira, 3 de novembro, que Clair Ferreira Gomes, morador da localidade de Faxinal de Dentro, em Vale do Sol, realizou toda a colheita da área experimental dedicada ao trigo, 1,7 hectare, espaço que no dia seguinte já deu lugar à soja, sua cultura principal. Com pouco investimento e adaptação da regulagem da colheitadeira usada no arroz para o trigo, Clair obteve de 25 a 30 sacas na lavoura,tudo já entregue à cooperativa para venda. Com preços que variam entre R$ 55 e R$ 83 a saca, o produtor calcula que mesmo que venda tudo pelo preço mínimo, já vai ter lucro superior a 10 sacas. “Tenho que fazer o custo de produção considerando o valor mínimo. O que conseguir a mais, é lucro”, revela, sempre com os pés no chão.
Mais do que o ganho com o trigo, propriamente dito, o produtor de Vale do Sol estava de olho nos benefícios para o solo com a rotação de culturas no inverno, especialmente para eliminar o azevém da terra, que estava resistente aos herbicidas. Só por isso, considera ter valido a pena.
De olho no mercado e no custo de produção, considerando a valorização na hora da compra, Clair planeja ampliar a área. De 1,7 para até 7 hectares destinados ao trigo no próximo ciclo. “Gastei pouco, fiz tudo com os pés no chão. Foi assim também que comecei com a soja, para aprender, investir mais e ganhar em produtividade”, reflete.
