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Os primeiros passos que deram o ritmo da Alegria


Publicado 10/10/2020 14:00
Atualizado 10/10/2020 20:16

Geral   OKTOBERFEST NOSSA TRADIÇÃO!

Impossível chegar ao Parque da Oktoberfest e não ser contagiado pelas bandinhas típicas espalhadas nas rondas folclóricas ou nos palcos da festa. Ao som que enaltece a nossa cultura, não há como não querer dançar! E o que seria da nossa Oktoberfest sem a dança? Com certeza, não haveria sentido.

O que hoje é uma das principais atrações da nossa Festa da Alegria, a dança foi um dos elementos que impulsionou a criação não só do evento, mas também dos inúmeros grupos folclóricos, que dão vida às nossas tradições germânicas desde 1980, com o surgimento do Grupo Polka, o primeiro do município.

A ideia de criar o grupo se formou dentro do Colégio Mauá, através dos professores Nelson e Iria Bender, que viram a necessidade de fortalecer a cultura alemã em Santa Cruz. Após um chamamento, 10 pares se interessaram em compor o grupo e, em julho daquele ano, começaram os ensaios, com oito coreografias vindas do Consulado Alemão e reproduzidas em discos. A maioria delas, no ritmo Polka - o que também originou o nome do grupo.

A primeira apresentação foi dois meses depois, na semana de aniversário do município. Naquela época, as festividades eram mais intensas e, por isso, era chamada de Mini Oktoberfest. Diante disso, o Grupo Polka passou a se apresentar em outros lugares e se tornou referência no folclore. Além disso, motivou a criação da Oktoberfest em 1984 e dela é a principal atividade cultural até hoje, assim como de outros grupos, caso do Centro Cultural 25 de Julho, - ao qual hoje o Grupo Polka faz parte - e também o Oktobertanz, criado por Ademir Müller, o primeiro presidente da Festa.

Através de Müller, o Oktobertanz conseguiu incentivo do Poder Público para se consolidar. Guiados pelos passos da professora Márcia, os primeiros integrantes eram jovens, o que também incentivou a criação de grupos de danças folclóricos em escolas do município e da região, contribuindo para a expansão das danças folclóricas e originais trazidas pelos nossos antepassados. Mas e como eram as danças? Quais eram as mais tradicionais e hoje, o que diferencia as danças “populares” que temos na nossa festa? 

Do Herr Schmidt ao Fliegerlied: as danças que não podem faltar na Oktoberfest

Se os grupos de danças impulsionaram o surgimento da primeira Oktoberfest, eles também são os responsáveis por reforçar a nossa cultura e a nossa identidade, através dos passos, gestos e sentimentos mostrados a cada apresentação. 

Desde o início, a originalidade das coreografias é algo muito preservado, tanto que, antes de cada música ser escolhida e repassada aos integrantes, há um estudo do resgate histórico para que cada passo seja executado da maneira correta e tenha sentido. Entre as primeiras danças folclóricas que foram apresentadas pelos grupos e que, até hoje, fazem sucesso quando tocadas pelas bandas e não podem faltar durante a Festa da Alegria, estão a polca “Herr Schmidt” (Senhor Schmidt), característica pela troca de pulinhos entre os pares e também a “Sternpolka” (Polka das Estrelas), quando os integrantes dançam a polca rodada em círculo. Ambas foram trazidas pelos imigrantes alemães e variam de acordo com a região.

Com o passar o tempo e a inserção dos grupos folclóricos na Associação de Cultura de Gramado, que disponibiliza cursos, materiais em vídeo e descrição das coreografias para os grupos de danças de todo país, outros ritmos foram ganhando espaço e trazendo na bagagem a herança cultural. 

Mas não são apenas as danças folclóricas que fazem sucesso e dão forma à nossa Oktoberfest. Outras músicas ganharam não só coreografias, mas também o coração dos apaixonados pela festa e pela cultura, como é o caso da “Marreca” e do “Fliegerlied”, a dança do “Aviãozinho”, que não podem faltar nos bailes do Pavilhão Central. Ambas as músicas foram coreografadas por bandas típicas alemãs, que trouxeram através dos passos e animação, mais alegria e mais vida à cultura, formando assim uma nova identidade no conceito “danças de Oktoberfest”.

Sejam folclóricas ou de baile, com par ou em grupo, o que nos marca de verdade é o sentimento ao colocar o traje típico e dançar, vivenciado dessa forma um pouco da história e tradição da festa que é feita por nós e que nos representa. Ah, e se você ainda não tem traje, não se preocupe. Na próxima edição da coluna, nós vamos te contar a história e vamos aprender a montar um traje típico para curtirmos, juntos, as festas germânicas após a pandemia.

Coluna Oktoberfest, Nossa Tradição tem o apoio de:


Foto: Divulgação
Grupo Polka foi o precursor dos grupos folclóricos em Santa Cruz, no ano de 1980
Grupo Polka foi o precursor dos grupos folclóricos em Santa Cruz, no ano de 1980

Foto: Divulgação
Danças mais tradicionais na época eram no ritmo polca
Danças mais tradicionais na época eram no ritmo polca

Foto: Divulgação
Dez casais formavam o grupo no início
Dez casais formavam o grupo no início

Foto: Divulgação
Grupos de Danças Folclóricos mantém a tradição em Santa Cruz
Grupos de Danças Folclóricos mantém a tradição em Santa Cruz

Foto: Divulgação
Bandas também são responsáveis pela criação de coreografias que agitam a Oktoberfest
Bandas também são responsáveis pela criação de coreografias que agitam a Oktoberfest