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Salão Frantz faz parte da história de Linha Santa Cruz


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 28/09/2020 16:58
Atualizado 28/09/2020 17:21

Geral   ANIVERSÁRIO DE SANTA CRUZ

Ele foi construído em 1911. Faz parte da história de Linha Santa Cruz. E sua estrutura, que até hoje chama atenção de quem cruza pela ERS-418, remete a muitas memórias. Quem não lembra do Salão Frantz? Dos jogos de bolão, do desfile e do tiro ao alvo? Dos casamentos e do armazém de secos e molhados? Wunibaldo Hippler guarda lembranças. Por muitos anos morou próximo ao imóvel. Passava em frente para ir à escola e participava das atividades realizadas no salão. “Lembro bem que eu comecei marcando os pontos do tiro ao alvo”, rememora.

Aliás, o tiro ao alvo foi marcante para a Sociedade de Atiradores Linha Santa Cruz, que segue ativa, embora com atividades suspensas em função da pandemia. De dois em dois meses havia competições e de meio em meio ano, festa. Para essa festa, conta Hippler, era estourado o “katzke kopf”, que na tradução é “cabeça de gato” – uma espécie de explosivo, com pólvora que provocava muito barulho. “Os quero-queros e os passarinhos sumiam. Mas isso ali significava que iria ter festa”, relembra, ao contar que durante as festividades tinha desfile de rua, com orquestra e muita música. “Era animação. Bons tempos”, revive.

Além do Salão Frantz, que preserva um bocado da história de Linha Santa Cruz, a localidade é conhecida pelo pioneirismo, sobretudo porque foi ali a colonização do município polo do Vale do Rio Pardo. Paulo Trinks, conhecedor sobremaneira de Linha Santa Cruz, conta que foi ali que surgiu a primeira escola do município, no ano de 1953, o incentivo às tradições alemãs, como a cuca, o pão de milho, o canto coral e tantos outros costumes seguidos até hoje e que nem mesmo o tempo e a tecnologia apagam das memórias.


Foto: Taliana Hickmann/ Jornal Arauto
No salão ficam as memórias
No salão ficam as memórias