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Procura por bicicletas aumenta mais de 100% em Santa Cruz do Sul


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 01/09/2020 19:45

Geral   NA PANDEMIA

Com restrições para frequentar academias, quadras esportivas e tantos outros locais, o ciclismo ganhou força durante a pandemia. É nítida nas ruas a maior circulação de bicicletas, sejam aquelas pilotadas por grupos ou até mesmo como meio de transporte de casa para o trabalho. Giovane Faccin, proprietário de uma loja de bikes de Santa Cruz do Sul, aponta aumento de 125% de procura na comparação dos últimos meses. E essa busca tem sido, frisa ele, tanto para bicicletas quanto para acessórios, como capacete, luvas e óculos.

Com o aumento da demanda, combinada à falta de alguns componentes para a montagem das bicicletas, o que ocorreu foi uma elevação no preço. Segundo Giovane, isso se dá pela alta do dólar, já que boa parte dos itens utilizados como matéria-prima é importada. 

O aumento pode ser compensado, porém, na economia de combustível - para aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte -, assim como na qualidade de vida. Fabrício Wisniewski, de 32 anos, que o diga. Diariamente, ele pedala cerca de dois quilômetros entre a casa e o trabalho, em Santa Cruz. “É mais econômico e mais saudável”, sublinha, ao lembrar que desde que iniciou o ciclismo não teve mais crises de asma. “E os amigos que o ciclismo traz não têm preço. É uma cachaça boa, viciante. Quanto mais você anda, mais vontade tem de andar”, acrescenta.

Embora já pedalava antes da pandemia, tendo iniciado como brincadeira, usando a bicicleta do irmão, Fabrício foi incentivado mais tarde por um amigo, sobretudo pela qualidade de vida. Durante o período de isolamento social, o santa-cruzense decidiu investir em uma nova bicicleta, fazendo parte dessa estatística de 125% de aumento na procura pelo item. “Senti que precisava de uma bike que me atendesse no que gostava de andar. Gosto de andar em estradão, estradas de terra, trilha, pedras e barro. Comecei a procurar e em julho comprei a que me atendeu em todas as necessidades”, comenta ele, que busca incentivar amigos e conhecidos na prática esportiva. “Bike é mais do que um estilo de vida. É qualidade”, arremata Fabrício, que pedala sozinho, em grupo, com amigos e busca todos os fins de semana percorrer ao menos 100 quilômetros. Para ele, isso é “lavar a alma”.

Entre as orientações de Giovane para quem quer iniciar a pedalar está a conversa com um profissional para buscar orientações, seja de distância a ser percorrida, seja equipamentos a serem utilizados ou outros, tudo pensando na segurança. 


Foto Divulgação
Fabrício começou no ciclismo como brincadeira
Fabrício começou no ciclismo como brincadeira