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"O governo dá as costas para os agricultores", diz produtor sobre veto do auxílio de R$ 600


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 29/08/2020 07:00

Geral   DESÂNIMO

Um balde de água fria na expectativa dos agricultores familiares. Assim pode se resumir a sensação de tantos trabalhadores com a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro vetou o pagamento do auxílio emergencial.

O texto aprovado pelo Congresso previa o pagamento de cinco parcelas de R$ 600 para agricultores familiares, mas na segunda-feira, dia 24, o presidente vetou o artigo que estendia o benefício a agricultores familiares que não tivessem recebido o benefício. “Mais uma vez é lamentável viver num país como esse, onde todos têm direito, menos os agricultores, que produzem a comida de toda uma nação”, desabafa o produtor vera-cruzense Alexandre Bartz, que se dedica ao preparo de polpas e sucos, além de melado, rapadura. “Aqui no Estado nós passamos por uma das piores secas da história, não teve quem não perdeu. E novamente o governo dá as costas para todos os agricultores do país”, desabafa. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vera Cruz, Cristian Wagner, acrescenta: “imaginei que iria vetar. Muita gente esperava este recurso e, de fato,toda esperança cai por terra. Agora é botar a semente na terra e trabalhar”, resume.

Na justificativa do veto, aponta a Agência Senado, o Presidente argumentou que não havia previsão orçamentária para a medida e que os agricultores familiares podem receber o benefício na categoria de trabalhador informal, desde que cumpram os demais requisitos.

Em manifestação na terça-feira, a Federação  dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) declarou que o Governo Federal “enterra esperança dos agricultores familiares” e demonstra indiferença com o setor.


Arquivo Arauto
Alexandre Bartz lamentou veto a quem produz alimento
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