A pandemia fez com que a retração atingisse diretamente o comércio. Seja pelo fechamento das lojas, como medida preventiva ainda quando se começava falar em coronavírus, ou pela incerteza econômica gerada pela doença. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz do Sul, Márcio Martins, agora é momento de reestruturação.
Martins concedeu entrevista na noite desta segunda-feira (3) ao programa Assunto Nosso, da Arauto FM. Na oportunidade além de falar sobre a retomada do comércio no município ele também comentou sobre a oportunidade de participar recentemente de uma comissão da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL).
No início da pandemia, quando não se sabia a real proporção que a doença tomaria, a CDL solicitou a Prefeitura de Santa Cruz o fechamento do comércio. A solicitação, segundo o presidente partiu dos próprios lojistas. “Nunca saberemos se era o momento certo de fechar. Fizemos isso por um pedido dos nossos associados, que são a razão de existirmos e a quem sempre consultamos para as nossas decisões”, comentou.
Márcio Martins também comentou sobre as dificuldades que são enfrentadas pelos associados, que segundo ele, cobram as regras dos clientes, para a manutenção da atividade econômica. “Todos os lojistas sabem das dificuldades que é se manter com as atuais regras propostas. Queremos nos manter abertos e estamos cuidando para que as medidas sejam cumpridas. Pedimos que quem não estiver cumprindo seja denunciado, para que ali na frente os bons, que são a maioria, não acabem pagando pelos maus”, frisa.
Entre os segmentos com maior crescimento durante a pandemia, o presidente destacou o supermercadista, que na oportunidade chegou a crescer até 50%, de acordo com dados da pesquisa realizada pelo CDL. De acordo com Martins, no mesmo período, o setor agropecuário também cresceu 15%.
Por outro lado, as incertezas econômicas fizeram o setor de revenda de veículos perder quase 50% da arrecadação. As dúvidas também permearam o setor da alimentação, conforme Martins, quem conseguiu se adaptar ao mercado de delivery cresceu, mas quem não conseguiu retraiu.
Entre outras ações para a retomada da economia lojista, Márcio Martins destacou o pedido de flexibilização de horários, solicitado pela CDL junto ao Poder Executivo. Segundo ele, a ideia da entidade tanto extender o horário de fechamento do comércio como adiantar a abertura, para que a economia possa, mesmo que lentamente, voltar a andar.
Confira a íntegra da entrevista:
