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Falta de manutenção inviabiliza troca de luminárias de LED em Vera Cruz


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 25/07/2020 11:00
Atualizado 25/07/2020 11:46

Geral   PROBLEMA

A combinação de dois fatores tem inviabilizado a substituição, quando necessária, das luminárias de LED instaladas há exatos cinco anos em Vera Cruz. Falta de manutenção por parte de empresas especializadas e alto custo dos itens, importados da China, fizeram com que a Prefeitura voltasse a colocar lâmpadas mais comuns – na Praça José Bonifácio, no entorno e em outras vias da área central. Em 2015, ao todo, foram instaladas 120 unidades de luminárias de LED, com o principal objetivo de economizar na conta de energia elétrica. 

Essa economia ocorreu, reduzindo a fatura paga pela Prefeitura com os valores arrecadados na Contribuição de Iluminação Pública (CIP), oriunda de cada cliente de energia elétrica. Porém, segundo o secretário de Planejamento e Finanças, Marcos Ivan dos Santos, há pouco mais de um ano, a RGE Sul realizou ampla contagem das lâmpadas instaladas em Vera Cruz. Esse levantamento, frisa ele, apontou para um número bem mais alto de lâmpadas que, até então, eram utilizadas pela concessionária para a média de cálculo da iluminação pública. O resultado disso: a elevação exponencial da fatura - cerca de R$ 500 mil por ano.

Até o início do ano passado, então, o valor arrecadado com a CIP era suficiente para pagar a compra de novas lâmpadas, a manutenção das existentes, bem como a conta da RGE. Hoje, conforme dados da Secretaria de Planejamento e Finanças, a arrecadação com a CIP oscila de R$ 70 a 90 mil, dependendo do mês, e a conta só de iluminação fica na casa dos R$ 80 mil mensais. Por mês, informa o setor de compras da Prefeitura, são trocadas cerca de 200 lâmpadas, de diferentes tipos, como de LED, vapor de sódio, vapor de mercúrio e outras. Em um ano, o gasto só com compra de novas lâmpadas, não considerando reatores e outros itens, ultrapassa R$ 30 mil.

UM MUNICÍPIO, MUITAS LÂMPADAS
Hoje, um dos problemas visualizados por quem trabalha na manutenção da iluminação pública, aponta o secretário de Obras, Maiquel Aretz, é a quantidade de modelos de lâmpadas instaladas nos loteamentos, principalmente nos novos. Isso tem prejudicado, sobremaneira, a substituição delas por parte da Prefeitura. “O que ocorre é que um investidor coloca um tipo de lâmpada, muitas vezes com uma durabilidade menor, e em curto espaço de tempo precisa ser trocada, o que então compete ao Município”, diz. “Algumas das lâmpadas nós não temos como fazer a manutenção ou a manutenção é inviável e a alternativa é colocar outro tipo naquele loteamento, o que às vezes causa desconforto nos moradores”, acrescenta.

Frente a isso, uma possível solução é a padronização das lâmpadas. Segundo Marcos, essa exigência está sendo estudada, em estágio bastante inicial, sobretudo porque o Poder Público não pode exigir que o loteador adquira lâmpadas de tal marca. O titular das Obras sugere que, de imediato, cada investidor, na hora da instalação das lâmpadas, procure o Município para informações, no sentido de, pelo menos, instalar as que tenham suporte por parte da pasta das Obras. “Algo que fica bom para todos”, arremata Maiquel.

 


Foto Lucas Batista/Jornal Arauto
Média de lâmpadas de iluminação pública substituídas é de 200 por mês
Média de lâmpadas de iluminação pública substituídas é de 200 por mês