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Entenda o impasse entre municípios e Estado para mudança no Distanciamento Controlado


Publicado 22/07/2020 11:17
Atualizado 22/07/2020 16:01

Covid-19   BANDEIRAS

Um reunião truncada. Foi assim que prefeitos classificaram a reunião realizada na noite dessa terça-feira (21) entre o governador Eduardo Leite, prefeitos e representantes da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. O encontro iniciou um debate sobre mudanças na gestão do modelo de Distanciamento Controlado. Implementado no começo de maio, o modelo prevê quatro níveis de restrições representados por bandeiras nas cores amarela, laranja, vermelha e preta, que variam conforme a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde em cada uma das 20 regiões pré-determinadas. Esse cálculo leva em conta 11 indicadores.

Em função da grande quantidade de recursos e críticas recebidas, o Governo propôs na reunião, que os prefeitos possam aceitar ou não a bandeira indicada. De acordo com o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), Paulo Butzke, não houve um consenso quanto a concordância ou não da proposta. "A ideia do Governador é seguir com o mapa semanalmente com os seus critérios e dar aos prefeitos a autonomia para decidir se acolhem ou não as restrições indicadas. Não temos ainda uma definição quanto ao posicionamento da Amvarp. Nosso trabalho até agora tem sido responsável e só usamos os recursos porque temos dados científicos e técnicos que comprovam que a nossa região deve permanecer na bandeira laranja", disse.

De acordo com o Governo, o objetivo da reunião foi iniciar a conversa, que será ampliada ao longo dos próximos dias. A ideia é avaliar a alteração em parceria com as prefeituras, para que as regiões possam sugerir ajustes, observando as especificidades e os dados em nível local. “Não se trata de terceirizar responsabilidades, mas de compartilhar, a fim de sermos mais assertivos", explicou Leite.

Os presidentes das associações regionais levarão o debate aos demais prefeitos. A partir daí, o governo fará as respectivas análises a fim de decidir, nos próximos dias, o que pode ser adotado.  


Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
“Não se trata de terceirizar responsabilidades, mas de compartilhar, a fim de errarmos menos e acertarmos mais", explicou Leite
“Não se trata de terceirizar responsabilidades, mas de compartilhar, a fim de errarmos menos e acertarmos mais", explicou Leite