Corsan faz perfuração de poços artesianos para aumentar nível do Lago Dourado

Desde o início da estiagem, o nível do Lago Dourado em Santa Cruz do Sul reduziu 60% e preocupa a Corsan quanto ao abastecimento de água do município. Conforme o superintendente regional, José Roberto Epstein, o reservatório chegou a baixar sete centímetros em um único dia. Embora a média tenha reduzido para dois centímetros diários, a companhia trabalha com ações para estabilizar a situação, como a perfuração de quatro poços artesianos na várzea do Rio Pardinho.

Com isso, o propósito no momento é evitar medidas mais drásticas, como o racionamento de água. "Iniciamos na terça-feira a perfuração do primeiro poço, na captação, junto à barragem. Teremos dois no Lago Dourado e outro na captação de água bruta que fica um quilômetro distante do local. O objetivo é auxiliar na recarga, ou seja, direcionar água ao lago para estabilizar o nível dele. Além disso, estamos concluindo a montagem de dois poços, um no Santo Anto Antônio e outro no Aliança, que irão aumentar em 60 mil litros por hora de produção", destaca.

Além disso, equipes operacionais trabalham na instalação de equipamentos para modulação de pressões noturnas nas válvulas controladoras, com apoio de uma empresa paulista que auxiliou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) durante a crise hídrica que enfrentaram. A Corsan também atua com reforço nas equipes de pesquisas, para buscar os vazamentos ocultos que contribuem para a redução da água. "Fizemos também trabalho com dragas no lago, para remover materiais excedentes e direcionar o fluxo para a bacia central, a fim de minimizar a perda por evaporação, que já reduziu um pouco com a queda das temperaturas", conta.

Segundo Epstein, o objetivo principal das ações é evitar o racionamento, mas também trabalhar de forma preventiva para os últimos meses do ano. Afinal, se o inverno tiver pouco volume de chuva, a situação atual do lago pode ser o problema já do início do próximo verão. Enquanto isso, conforme o superintendente regional, a Corsan conta com a colaboração da comunidade com o uso racional da água. "Queremos superar essa fase em conjunto com os moradores", diz.