Pai e filho viveram momentos de tensão durante a manhã desta quarta-feira (19) durante um roubo a um caminhão carregado com tabaco. O caso aconteceu na BR-471, na localidade de Monte Castelo, em Pantano Grande, quando o veículo teve a frente obstruída por um Chevrolet Vectra preto, com quatro criminosos a bordo, que os fizeram reféns. O motorista do caminhão Leomar Rahdke, de 56 anos, morador de Canguçu, no sul do Estado, trafegava na companhia do filho, de 14 anos.
O motorista, contou sobre os momentos de medo que viveu sob a vigília dos criminosos. “Quando eu vi um carro se atravessou na nossa frente, apontaram uma arma e deram um tiro, que não pegou no caminhão. Depois eles pularam para dentro do caminhão e nos colocaram deitados atrás dos bancos da cabine. Disseram para não olhar para frente, sempre para baixo” relata.
O motorista do caminhão ainda contou que apesar de fortemente armados, os criminosos estavam calmos. “Eles me perguntaram se o caminhão ou a carga tinha rastreador. Respondi que não e eles disseram que nada aconteceria conosco. Falaram que descarregariam a carga e nos largariam novamente dentro do caminhão para seguir viajem de volta” conta.
Foram aproximadamente duas horas de tensão, o homem destaca que no trevo de Pantano Grande ele e o filho foram colocados no Chevrolet Vectra, usado para transportar os reféns, e levados até o sítio em Linha Campo Grande, Venâncio Aires. “Havia dois criminosos no banco da frente, eu estava deitado no banco de trás do carro. Eles me orientaram a não levantar a cabeça. Meu filho foi colocado no porta-malas e eu disse pra ele ficar calmo e tranquilo” explica.
Rahdke explicou ainda que no momento da chegada na propriedade onde a carga foi encontrada, os dois foram obrigados a ficar no veículo e não levantar. “Ouvimos tudo. Eles descarregando os fardos e o barulho de um trator. Ouvimos também o outro caminhão, que talvez tenha sido carregado. Depois nos colocaram em outro carro e nos largaram na ‘Santinha’ em Taquari” lembra.
Ainda de acordo com o homem, a ação ocorreu muito rápido. “É a primeira vez que isso acontece comigo em 13 anos. Quando eu parei o caminhão, praticamente um deles já estava dentro da cabine. Colocaram toucas em nós e já saíram andando” afirma.
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