A defesa do ex-vereador Paulo Henrique Lersch vai recorrer a decisão da Justiça que condena o ex-vereador a pena de nove anos e sete meses de prisão em regime fechado pelos crimes de concussão (crime de vantagem indevida) e coação (ameaça de testemunhas) durante o processo. Além disso, Lersch terá que devolver os valores arrecadados por meio da "rachadinha", às ex-servidoras que não recebiam o salário integral. A sentença saiu nesta terça-feira (28).
De acordo com o advogado Felipe Tonetto, a defesa vai entrar com um recurso para a redução da pena e absolvição do crime de coação no mérito do processo. "Consideramos a decisão pesada e vamos recorrer já nos próximos dias. Além disso, vamos trabalhar para que ele responda em liberdade", afirmou.
A mãe de Lersch, Nersi Ana Backes, acusada de associação criminosa e concussão, foi absolvida pela Justiça pelo fato das provas não comprovarem o envolvimento dela nos crimes.
Paulinho está preso desde o dia 5 de junho em desdobramento da Operação Feudalismo, do Ministério Público, que apontou a existência de um esquema criminoso de captação de parte dos salários de servidores da Câmara.
Ex-assessor
O ex-assessor de Lersch, Carlos Henrique Gomes da Silva, também foi condenado pelo crimes de coação e concussão. A pena, no entanto, é de quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto, além do pagamento de multa. Ele chegou a ser preso na Operação do MP, mas foi liberado por colaborar com as investigações.