A taxa de inadimplência de pessoas físicas no Rio Grande do Sul, de 2,35% em maio, é a mais baixa de toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2004. No caso de pessoas jurídicas, de 2,16%, o nível é semelhante ao verificado em 2014. Ou seja, antes do agravamento da crise econômica. “A recuperação muito lenta da renda das famílias, em função do desemprego bastante elevado e os juros altos para a tomada de empréstimos são algumas das causas que impedem uma queda maior da inadimplência”, reflete o economista chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre, Oscar André Frank Junior.
Hoje, no RS, do total de 7.879.981 CPFs ativos na base de dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) - Boa Vista Serviços (BVS), 30,9% está com pelo menos uma restrição, o que soma 2.440.887 CPFs na lista de pessoas com “nomes sujos”. Em Santa Cruz do Sul, o número é tradicionalmente menor em relação ao estado, com 26,5%. Ou seja, dos 98.787 CPFs ativos, 26.200 estão com pelo menos uma restrição. Em Vera Cruz, o percentual é maior, com 29,08% de inadimplência. Dos 10.572 CPFs ativos na base de dados, 3.075 têm pelo menos uma restrição de crédito.
O PERFIL
Em ambos os municípios, conforme levantamento, o perfil de inadimplentes no que se refere à faixa etária está entre 35 e 39 anos, seguido da faixa dos 30 aos 34 anos. A maior fatia no que diz respeito à classe social está naqueles que representam mais que um salário mínimo, com 49,5% em Santa Cruz e índice de 56,8% no município vizinho.
Os homens lideram a lista, mesmo que seja por poucos pontos percentuais. Eles representam 43,9% dos inadimplentes, enquanto as mulheres representam 43,8%. Em Vera Cruz, os homens representam 44,3% e as mulheres 42,1%. O restante, indeterminado - não tem informação de sexo na base.
Confira a matéria completa na edição desta sexta-feira, do Jornal Arauto.