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Líderes de grupo que ameaçava estudantes têm antecedentes por furto e homicídio culposo


Publicado 17/07/2019 14:07
Atualizado 17/07/2019 15:00

Polícia   SANTA CRUZ

A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA), deu uma resposta ao grupo de adolescentes que se intitulava como Megatron. Dois indivíduos foram encaminhados à Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase) em Porto Alegre e outros 16 foram intimados pela polícia e prestaram depoimento, acompanhados do pai, na delegacia. Os dois internados têm 17 anos e são os líderes do grupo que, mesmo após a conversa na DPCA, continuaram com os delitos.

Conforme a delegada Lisandra de Castro de Carvalho, os dois possuem antecedentes criminais. Um deles por furto, ameaça e posse de entorpecentes e o outro por lesão corporal e, inclusive, um homicídio culposo. Segundo Lisandra, o adolescente efetuou um manuseio inadequado de uma arma de fogo que matou o amigo que o acompanhava. Os dois foram levados à Fase, após uma agressão em um shopping da cidade, dois dias após a conversa na delegacia. "Um deles agrediu, o outro filmou e após publicaram nas redes sociais. Eles pensavam que não daria em nada, mas a polícia e o poder público deram uma resposta. Foi um desrespeito e um audácia voltarem a agir", destacou. 

Seis casos e 18 indiciados

Ao todo, foram indiciados 17 adolescentes e um maior de idade, que completou 18 anos há pouco tempo. O grupo praticou seis atos infracionais desde o dia 4 de maio até 29 de junho. Porém, a delegada Lisandra destaca que outros fatos isolados já vinham sendo monitorados desde abril. 

Se fossem maiores de idade, os jovens responderiam por lesão corporal, desacato, incitação ao crime e contravenção de vias de fato. Os casos foram submetidos ao Ministério Público, que pode aplicar medidas socioeducativas. "Não queremos apenas responsabilizar, mas reeducar. Quando não temos os limites respeitados dentro da família, o Estado dá esse limite. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) entende que são indivíduos em desenvolvimento, que merecem ser reeducados para voltar a conviver em sociedade", diz. 

Vítimas ficaram feridas

Os adolescentes que sofreram as agressões foram atendidos e passaram por exame de corpo de delito. "O grupo combinava o encontro por Whats App e iam até a vítima, geralmente por conta de ciúmes. Se um aluno de determinada escola olhasse para a namorada de um deles, a violência acontecia. Enquanto alguns agrediam, os outros observavam a fim de garantir o sucesso da ação e mostrar que o grupo era forte", conta a delegada Lisandra.

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Foto: Divulgação
Jovens gravavam as agressões para depois divulgar na internet
Jovens gravavam as agressões para depois divulgar na internet