A quinta-feira (18) começou com a Operação Faxina, realizada pela Polícia Civil, em combate ao tráfico de drogas no Vale do Rio Pardo. São cumpridos 13 mandados de prisões preventivas, 20 mandados de busca e apreensão em residências e seis mandados de busca e apreensão de veículos em Pantano Grande, Rio Pardo e Santa Cruz.
Por enquanto, 12 pessoas foram presas preventivamente e duas em flagrante. Segundo o delegado da Polícia Civil de Rio Pardo, Anderson Faturi, as investigações iniciaram há quatro meses, com a denúncia de que um empresário estava comandando o tráfico de drogas no Bairro Mutirão do Camargo. A Polícia então descobriu que o homem, que já cumpria pena por tráfico com o uso de tornozeleira eletrônica, era o líder da facção e orquestrava a rede com a esposa e vizinhos próximos e também com moradores do Bairro Parque São Jorge. "Identificamos os envolvidos e pedimos as prisões do grupo que tinha ramificações em Santa Cruz e Pantano", conta.
A operação contou com a ajuda de 96 policiais civis de Santa Cruz, Cachoeira do Sul e Lajeado. "Desestruturamos a quadrilha e agora vamos apurar uma possível lavagem de dinheiro. Queremos descapitalizar o tráfico de drogas, para que não voltem a cometer este delito", destaca. Os presos foram conduzidos ao Presídio Estadual de Rio Pardo.
Durante a ação, veículos (Siena, Fox e Montana) e entorpecentes (maconha e cocaína) foram apreendidos. Os veículos eram usados pela quadrilha como forma de obter lucro e também para lavar dinheiro do tráfico.
"Um deboche com a polícia"
Dos 11 presos até agora, três deles utilizam tornozeleira eletrônica. O líder da organização, preso dentro de casa nesta manhã em Rio Pardo, outro traficante da cidade e o fornecedor de drogas do grupo, morador de Santa Cruz, utilizam tornozeleiras eletrônicas. "Dois deles, inclusive o líder da organização criminosam, podiam circular por Rio Pardo e o homem com prisão domiciliar em Santa Cruz tinha autorização de circular pela região e vinha até Rio Pardo trazer e levar drogas. É uma afronta. Um deboche com a polícia e com a justiça penal. A ideia é frear este tipo de ação", resume o delegado Anderson Faturi.
Avaliação Estadual
Conforme o chefe da polícia do Rio Grande do Sul Emerson Wendt, a operação, mesmo com pouco tempo de investigação, trouxe um belo resultado. "Por isso pretendemos formar 700 policiais em cursos complementares de investigação sobre lavagem de dinheiro. Um projeto que sabemos que terá efeitos a longo a prazo. É interessante que os policiais, logo no início da investigação, saiba que não é algo simples do tráfico de drogas. É preciso ir além e investigar mais coisas", reforça.
Emerson destaca, nesse sentido, o trabalho realizado pela Delegacia de Polícia Civil de Rio Pardo, com a coordenação do delegado Anderson Faturi. "Um excelente trabalho. É isto que queremos. Estão ajudando a retirar da popopulação as pessoas más, para que consigamos reduzir a criminalidade em todo o Estado", afirma.
Quem são os presos?
*Os dois indivíduos presos em flagrante não tiveram os nomes divulgados e um outro segue foragido
Confira entrevista coletiva com o delegado Anderson Faturi, titular da DP de Rio Pardo