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Leishmaniose: é possível prevenir


Fonte: Jornal Arauto
Publicado 25/08/2019 07:00

Geral   ORIENTAÇÃO

Nos últimos dias, a leishmaniose virou assunto nas rodas de conversa. Isso porque, somente neste ano, Santa Cruz do Sul registrou 11 casos caninos da doença e três suspeitas em humanos, que tiveram resultado negativo. A doença infecciosa, porém, não contagiosa, é causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos aos cães e humanos através da picada de flebotomíneos, como o mosquito-palha. Enquanto a doença preocupa na terra da Oktoberfest, em Vera Cruz, a situação é de monitoramento, já que em cinco anos, foram apenas dois casos caninos confirmados e em humanos não há registros junto à Vigilância Epidemiológica. E você, conhece os sintomas e como se prevenir da doença que caracteriza Santa Cruz como área endêmica e tem gerado uma série de medidas de combate?

A enfermeira Daniela Schneider explica que entre os sintomas da leishmaniose visceral está a febre irregular, palidez da pele ou das mucosas, falta de apetite e perda de peso. Já nos animais, o veterinário Felipe Wazlawik cita como mais comuns o crescimento anormal de unhas e lesões de pele e ao redor dos olhos. “Um dos grandes problemas é que 70% dos cães positivos não apresentam sintomas, o que dificulta o diagnóstico e o controle da doença”, afirma. Segundo Felipe, após a confirmação, é recomendado que todo o animal positivo receba pelo menos uma carga do Milteforan. “Ele também deve ser monitorado a vida toda, visto que ocorre a cura clínica, mas ele segue positivo”, completa.

PREVENÇÃO
Para Felipe, a forma mais eficaz de prevenção da leishmaniose é evitar que o mosquito pique o cão. “As coleiras impregnadas com Deltametrina são bastante eficazes e podem ser encontradas em pet shops”, indica. Além disso, o controle do ambiente, mantendo a grama baixa e sem grande quantidade de matéria orgânica auxiliam na prevenção.

Para controlar o problema em Santa Cruz, a Prefeitura apresentou cinco medidas. Entre elas, fiscalização mais rigorosa para casos suspeitos em cães; nota técnica para tratamento em caso de suspeita em humanos; mapa com a identificação dos locais onde já foram confirmados casos de leishmaniose; distribuição de 400 coleiras e testes rápidos a ONGs de proteção animal e a famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico;  e ações de conscientização. 

Leia a matéria na íntegra no Jornal Arauto desta sexta-feira.


Foto: Jornal Arauto / Lucas Batista
70% dos cães com leishmaniose não apresentam sintomas
70% dos cães com leishmaniose não apresentam sintomas