Morre cão que zelou por túmulo do seu dono durante 10 anos
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Morre cão que zelou por túmulo do seu dono durante 10 anos


Publicado 27/02/2018 14:28
Atualizado 27/02/2018 14:54

Todos sabem que os cães são exemplo de lealdade ao seu dono. Neste mês, faleceu o cão Capitán, cachorro que por cerca de 10 anos velou o túmulo de seu dono, Miguel Guzmán, na cidade argentina de Villa Carlos Paz, na província de Córdoba.

O animal foi o presente-surpresa que Miguel deu ao seu filho Damián. Em 2006, no entanto, Miguel morreu e o animal desapareceu da casa da família tempos depois.

Ao visitar o túmulo de Miguel, os familiares encontraram o cachorro. Ele havia seguido os rastros do dono e passado a viver ali. De acordo com Damian, ele ainda tentou levar o animal várias vezes para casa, mas ele sempre voltava para o cemitério. 

Ao perceberem que o animal estava dormindo todas as noites no mesmo túmulo, funcionários do cemitério e até vizinhos passaram a alimentar e cuidar do animal. Capitán tinha 16 anos e por cerca de 10 anos dormiu todas as noites no túmulo de seu tutor.

Situação semelhante já foi retratada nas telas do cinema. Lembram do filme Sempre ao Seu Lado (2009), com Richard Gere? Nele é contada a história de um cão que, mesmo após a morte do dono, não deixa de esperá-lo na estação de trem. 

A obra é baseada em fatos reais ocorridos no Japão em 1924. Hachiko nasceu na província de Akita, no Japão, em novembro de 1923. Em 1924, Hachiko foi adotado pelo Dr. Eisaburo Ueno, professor do Departamento Agrícola da Universidade de Tóquio. Como morava em Shibuya, no subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem, Hachiko o acompanhava todas as manhãs até a estação, retornando sempre às 15h, todos os dias, para recepcioná-lo.

Porém, em 21 de maio de 1925, o professor Ueno sofreu um AVC durante uma reunião na faculdade e veio a falecer. Hachiko passou a esperá-lo na estação todos os dias, sem ceder. Como não o encontrava entre os passageiros, passava horas aguardando, só indo embora quando tinha muita fome. Com o tempo, os passageiros e funcionários da estação passaram a levar comida, assim que sabiam da história de Hachiko.

Hachiko morreu em 8 de março de 1935, com idade de 11 anos na estação onde sempre esperou pelo professor. Ele aguardou o retorno do Dr. Eisaburo por nove anos e dez meses.

Em 21 de abril de 1934, foi erguida uma estátua de bronze de Hachiko, esculpida pelo escultor Teru Ando, e atualmente se encontra no portão de bilheteria da estação de Shibuya.


Foto: Reprodução / CEN / Twitter
O cãozinho morreu ao lado do túmulo de seu tutor
O cãozinho morreu ao lado do túmulo de seu tutor

Foto: Divulgação
Em 21 de abril de 1934, foi erguida uma estátua de bronze de Hachiko
Em 21 de abril de 1934, foi erguida uma estátua de bronze de Hachiko







Bruna Lovato Jornalista e cachoeirense. É formada pela Unisc, com pós-graduação em Jornalismo e Meios Digitais, na Univates. Repórter no Portal Arauto e na Arauto FM. Mãe da Estrela (aquela ali da foto) e apaixonada por cachorros. Aqui vamos conversar sobre eles, as estrelas do blog.